O Espaço Português: da formação à fixação das fronteiras territoriais

Portugal existe, como unidade política independente, desde o segundo quartel do séc. XII, no contexto da expansão demográfica e económica da Europa (sécs. XI-XIII). No quadro ibérico, a formação de Portugal insere-se no contexto da Reconquista Cristã, iniciada a partir do Norte (fundação do reino das Astúrias com Pelágio em 718). 

Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Península Ibérica vivenciou várias invasões: primeiro os Vândalos, depois os Alanos, os Suevos e os Visigodos e, mais tarde, os Muçulmanos.

711: os Muçulmanos, vindos do Norte de África, atravessaram o estreito de Gibraltar, venceram os Visigodos e, aos poucos, conquistaram a Península Ibérica, com exceção das Astúrias, local de refúgio de muitos cristãos. 

718-722: Pelágio (nobre visigodo) derrotou os muçulmanos na batalha de Covadonga e dá início à Reconquista. A expulsão dos muçulmanos só terminou em 1492, com a conquista do reino de Granada No processo da Reconquista formam-se vários reinos cristãos (Leão, Castela, Navarra e Aragão) que receberam o apoio militar de cavaleiros de outros reinos europeus. É neste contexto que, ao serviço do rei de Leão, surge D. Henrique de Borgonha que, pelos serviços prestados a Afonso VI, receberá o Condado Portucalense em 1096.

 

Da formação à fixação do território de Susana Simões